O que nos deveria nortear não deveria ser a regressão ao passado das forças laborais e empresariais, tempo em que minguava o bem-estar social e económico, mas noutro sentido: o aperfeiçoamento da idiossincrasia das elites governativas em todos os Países deste mundo; a cultura, a educação e a instrução neste sentido também deveriam ser os maiores bens a desenvolver e a cuidar com especial acuidade em todos os povos desta Humanidade.
Empobrecer uma Nação é fácil - basta reduzir salários e subsídios, e aumentar impostos para além do que é recomendável; porém, para o enriquecer é preciso inverter radicalmente esse trajecto com recurso a governantes com características especiais de carácter e liderança; são as suas qualidades virtuosas que deveriam interessar a todos os cidadãos que os elegem em democracia. Os que temos elegido não foram fabricados com esta têmpera, e produzem-se nas oficinas mal-amanhadas dos partidos servindo quase sempre interesses e objectivos ambíguos, muitas vezes inconfessáveis. Leva-se em conta, principalmente, a habilidade na liderança da concorrência e o afã no confronto de ideias, uma luta competitiva pelas primazia e notoriedade.
O carácter ético é deixado para segundo plano, até porque se desconhece, e nunca terá sido posto à prova senão depois da conquista do poder.
O que é revelado na falência dum Estado é a crise estabelecida nas cúpulas dominantes: uma crise moral, ou melhor: ética, que leva um País ao descalabro económico-financeiro por não ter sido acautelado o bem-estar futuro das suas comunidades. Mor das vezes endividaram o Estado na construção de obras faraónicas, dum interesse social residual, permitindo a derrapagem de custos sem controle, suportando ainda o envolvimento da corrupção e da traficância de influências exercidas nas áreas da governança, influências que oneram e distorcem orçamentos, de forma ilegítima ou criminosa, pagos pelos contribuintes, depauperando os seus haveres e recursos destes. A vítima é indubitavelmente o cidadão contribuinte, vivendo à custa disso com pior qualidade de vida, geralmente a pequena e média burguesias, isto é: a classe média, tal como é apelidada hodiernamente.
Todavia, essa de transferir a responsabilidade das empresas público-privadas para o Estado, como acontece em algumas áreas económicas, é o máximo da falta de vergonha e uma demonstração da incompetência governativa. Na sua gestão espelha-se o cancro social que atrofia o desenvolvimento económico de qualquer País. Acentuam-se aí os males do compadrio, a exorbitância dos vencimentos obscenos e a corrupção nos negócios.
A democracia até pode ser o sistema político que suplanta os demais, e mais agrada à cultura ocidental, contudo ela falha como qualquer outro por revelar debilidades que só os povos mais instruídos e avançados politicamente sabem corrigir por uma participação reactiva dos cidadãos conscientes dos seus deveres e direitos cívicos, os atributos da cidadania em associações e movimentos de intervenção social e cultural, motivados por causas a forçar mudanças e aperfeiçoamentos.
Quando um País aumenta a quantidade ou volume da pobreza no seu País, por culpa dos governantes incapazes de promover a Ética na sua actuação, é sempre um fascículo histórico que mancha o seu percurso quanto ao seu desenvolvimento progressista, provavelmente até a sua sobrevivência. E finalmente logo que um governo fica refém duma oligarquia que não cuida da qualidade da sua sociedade tudo pode acontecer: pode o seu representante máximo ter de ser substituído (e/ou toda a classe dominante), antes que toda a sociedade esteja sujeita a todas as calamidades possíveis e expectáveis que por aí se prenunciam.
A corrupção é o mal mais pernicioso da infracivilização. Na supercivilização de que são exemplos os territórios ao nort...